segunda-feira, 2 de julho de 2012


A importância da leitura na formação da criança.

Alfabetização x letramento

Atualmente vivemos em uma sociedade letrada onde a escrita está presente em todo momento, em logomarcas, biscoitos, alimentos, nas lojas, nos jogos, bilhetes colados na geladeira, encartes de mercados, placas de trânsito, bula de remédio e diversas outras situações presente em nosso cotidiano.

Muitas pessoas acham que para ser letrado há de ser primeiro alfabetizado, isso é um pensamento errôneo, pois o letramento não está totalmente vinculado à alfabetização.
Letramento é o processo de inserção nas práticas sociais de uso da leitura e da escrita. O conceito de letramento está ligado aos usos e práticas de leitura e escrita presente no cotidiano das pessoas. Ser letrado é ser capaz de participar das situações de interação na sociedade em que os textos de diversos gêneros estão presentes, neste sentido não é necessário que se seja alfabetizado para que possamos ser letrados.

Já a alfabetização é o processo de apropriação do sistema da escrita, logo, ser alfabetizado nem sempre significa ter autonomia na escrita e na leitura, por isso é importante alfabetizar letrando.
Existem dois domínios de conhecimento, um é compreender o sistema de escrito-alfabética, o outro é ser leitor, produzir gêneros escritos, participar dessa situação de leitura e produção, as duas coisas estão interligadas, mas é preciso tratar com suas especificidades.

Portanto podemos perceber que alfabetização e letramento devem ser trabalhados paralelamente, é importante que os educadores trabalhem o letramento junto à alfabetização para que o aluno tenha autonomia na escrita e na leitura e não se torne um alienado.

O resgate da literatura de tradição oral deve ser feito em crianças não alfabetizadas. Em crianças não alfabetizadas pode-se trabalhar pedindo-a para que elas contem histórias que já ouviram, contando-se novas histórias para ela seja em casa ou na escola. As crianças desde muito cedo podem participar de eventos de letramento diversos.



quarta-feira, 20 de junho de 2012


Como os pais e professores podem trabalhar a leitura em crianças de até cinco anos?


Sabe-se hoje que o incentivo dos pais é de fundamental importância para um bom desempenho escolar.
Atualmente a leitura não vem recebendo o devido valor no trabalho escolar o que acaba contribuindo para um quadro crescente de maus leitores e sujeitos acríticos em nossa sociedade.
Diante disso alguns pais se perguntam: como posso incentivar a leitura de meu filho?
Caro pai, você precisa mostrar para seu filho o quanto a leitura pode ser prazerosa, o quanto é bom ler um livro e viajar nele e com ele. Não obrigue seu filho a ler livros que fujam do interesse dele, pois isso fará com que a leitura se torne sua maior inimiga.
É de total importância que a criança se identifique com a leitura.
É importante despertar esse interesse nas crianças o quanto antes, esse incentivo poder ser propiciado através da leitura de contos infantis no decorrer do dia, um livro repleto de desenhos que chamem a atenção deles e desperte a curiosidade e interesse pelos livros pode ser um bom presente de aniversário, propiciar uma situação descompromissada da leitura é de fundamental importância, porque não ajudá-los a ler logomarcas que nos aparecem a todo momento nas ruas? Porque não chamá-los para ajudar na comida e assim ensiná-los a escrever uma receita? Quando saírem a passeio pergunte o que está escrito em faixas e placas. A verdade é que podemos estar incentivando a leitura das crianças de diversas maneiras, fugindo um pouco das obrigações escolares, basta está atento às situações.
Os pais analfabetos também podem incentivar a leitura de seus filhos, você deve estar se perguntando como né? É simples, mantenha um diálogo com seu filho, fale da importância da leitura na vida dele, conte histórias do seu cotidiano a ele, disponha de livros com imagens e monte uma história com ele em cima dessas imagens, leve-o a uma biblioteca, certamente mesmo não sabendo ler, vocês reconhecem a logo da coca-cola ou de outra marca, pegue-a, mostre para seu filho, assim você estará incentivando e muito a leitura dele.
Acredito que os professores também devem contribuir para que a criança veja a leitura como algo prazeroso e não como uma obrigação, para isso é preciso propiciar um ambiente que estimule a leitura dos alunos. Colar historinhas que foram contadas a eles pela sala de aula ou mesmo uma música que eles gostam de cantar, ler uma história com eles na sala de aula diariamente, levá-los a biblioteca da escola e colocá-los em contato com os livros podem contribuir para despertar a curiosidade para com a leitura.

domingo, 20 de maio de 2012

Refletindo sobre a prática da aula de Português
Sabemos que, atualmente, ainda persistem práticas inadequadas e irrelevantes quanto ao ensino da língua nas salas de aula, como consequência disso temos a crítica de que a escola não estimula a formação de leitores. Foi baseado nisso que a linguista Irandé Antunes, escreveu seu livro, que por sinal  é muito interessante para as pessoas que realmente estão preocupadas com o ensino da língua no nosso país.
No primeiro capítulo de seu livro, Antunes aponta as maiores dificuldades constatadas em relação às atividades pedagógicas, no tratamento com a oralidade, a escrita, a leitura e a gramática.
Com essa leitura, finalmente pude entender porque os concursos públicos, que eu tanto faço, quase não exigem mais análise sintática, morfologia, separação silábica entre outros assuntos tão cobrados antigamente nessas provas. Atualmente os concursos públicos estão elaborando suas questões de português baseados na interpretação de textos e coesão das frases.
 Antunes mostra que o PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) estabelece que os conteúdos de língua portuguesa devem se articular em dois grandes eixos: o uso da língua oral e o da reflesão acerca desses usos. A SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) em seus descritores, contemplam explicitamente apenas alguns conjunto de habilidades e competências em compreensão e nada de definições ou classificações gramaticais.
Ainda se encontra muitos problemas no tratamento da oralidade, da escrita, da gramática e da leitura nas salas de aula. A gramática é ministrada de forma descontextualizada, desvinculada, dos usos reais da língua escrita ou falada na comunicação do dia-a-dia. A leitura não recebe seu devido valor no trabalho escolar.
Fiquei super chocada quando li a seguinte frase: " é na escola que as pessoas exercitam a linguagem ao contrário, ou seja, a linguagem que não diz nada." Quando li isso, logo pensei que ousada essa Antunes, baseada em que ela diz isso? Mas acabei por concordar com ela, pois estava lendo um projeto que se chama: letramento na Maré, onde as experiências realizadas com jovens e adultos que estavam se alfabetizando demonstraram que os textos realizados por eles, apesar dos diversos erros de ortografia, apresentavam completa coesão e coerência de frases, eram textos que expressavam críticas e indignação com certos assuntos da sociedade. Textos estes produzidos por alunos que nunca foram a uma escola ou que dela foram excluídos.
Por fim, Antunes aponta diversos outros problemos em relação ao tratamento da língua em sala de aula e nos deixa uma importante mensagem: Nós educadores devemos formar cidadões conscientes, leitores, críticos e para isso devemos repensar o modo como estamos fazendo isso, se os métodos utilizados em sala de aula estão contribuindo para isso.

domingo, 13 de maio de 2012


O processo de aquisição da escrita na educação infantil

O ensino na educação infantil, havendo excessões, tem sido,de fato, mecanizado e tecnicista, onde as crianças passam a maior parte do seu tempo aprendendo a desenhar letras e formar palavras com essas, sem menos entender o porque estão fazendo aquilo.
Agindo assim os educadores estão dificultando a aprendizagem de leitura e escrita das crianças, pois esse processo mecanizado atrapalha a concentração dessa, uma vez que não faz sentido para ela.
Para Vygotsky, da mesma forma que a linguagem oral é apropriada pela criança naturalmente, a partir da necessidade nela criada no processo de sua vivência social numa sociedade que fala, a escrita precisa fazer-se uma necessidade natural da criança numa sociedade que lê e escreve.
Então baseado em Vygotsky, se deve repensar as tarefas que são trabalhadas na educação infantil, deixando o mecânico de lado e trabalhando a função social e cultural da escrita, fazendo da aquisição da escrita um processo mais prazeroso, trabalhando a necessidade e curiosidade da criança em aprender a escrever e principalmente respeitando o momento do desenvolvimento psíquico e cultural da criança.
Não esquecendo a importância das brincadeiras de faz-de-conta, da pintura, da dança, do desenho entre outras atividade que ,em geral, são vistas como improdutivas, mas na verdade, são essenciais para a formação da identidade, da inteligência e da personalidade da criança.
Com tudo isso, baseado no texto da Suelly Amaral de Mello, pude compreender, e espero que vocês também tenham compreendido a importância de descontaminarmos a educação infantil com as tarefas do ensino fundamental e usando um ditado popular, mas que acho que se adequa ao assunto encerro esse meu texto: " a pressa é inimiga da perfeição".

sexta-feira, 11 de maio de 2012


Linguagens infantis- Debate 1


Atualmente estamos vivendo uma era de empobrecimento da linguagem, a desvalorização e a falta de amor pela leitura e uma dificuldade muito grande na aprendizagem. Sabemos que um dos motivos disso é o tempo em que a criança fica em frente a uma televisão só vendo as coisas e a ausência de um adulto que incentive a "leitura" de livro nas crianças.
Foi baseado nesse problema que a prefeitura do município de Bolonhas em conjunto com sesu educadores desenvolveram um projeto de incentivo à "leitura" em crianças de 0 à 6 anos, projeto esse que deveria ser seguido por todas os outros municípios. O objetivo do projeto é ensinar a criança a gostar dos livros, para isso foram montadas nove bibliotecas à disposição das crianças e os educadores criaram em creches e pré- escolas cantos de leitura.
Eu achei o projeto super válido, pois a criança tem o contato com o livro desde muito cedo e desenvolve uma curiosidade em relação a esse e isso é propiciado em um ambiente confortável onde as crianças sentem prazer em estar rodeadas de livros.
Nós, futuros educadores, devemos sempre fazer nascer na criança uma vontade, uma curiosidade para com a leitura. Atentando para esse projeto podemos começar a pensar em salas de aulas que busquem essa curiosidade com a leitura com as crianças, colocando painéis de historinhas coladas nas paredes, contando e desenvolvendo historinhas coladas nas paredes, contando e desenvolvendo histórias com elas entre outras inúmeras coisas que podemos fazer.
O contato com o livro e o ato de contar histórias é de tamanha importância para as crianças, pois cria relacionamentos , desenvolve a capacidade de ouvir da criança que é o fator essencial na de qualquer aprendizagem, desenvolve a curiosidade a imaginação e o prazer. Segundo o livro quando uma criança ouve um história ela libera as angústias que guarda no subconsciente.
Existem inúmeras outras coisas que demonstram a importância do livro na aprendizagem, então vamos repensar nosso modo de trabalhar, ver se estamos contribuindo para nossos alunos se tornarem verdadeiros amadores da leitura, ver o que podemos acrescentar nas nossas salas de aula para melhorar essa motivação das crianças com a leitura e assim ajudar a enriquecer a nossa linguagem.


O Portfólio eletrônico na formação de professores
Primeiramente deixe-me esclarecer o que significa portfólio, pois pode ser dúvidas de muitos, esse se caracteriza por um conjunto de produções do aluno em seu processo vivenciado de aprendizagem e de conhecimento. O portfólio é um procedimento de avaliação formativa. Agora você deve estar se perguntando, que negócio de avaliação formativa é esse? Pois bem, avaliação formativa é uma avaliação contínua e exige à participação conjunta de professores e alunos nos processos de aprendizagem e desenvolvimento, segundo Hadji, a avaliação, para ser considerada formativa, apresenta três características fundamentais: 1- é informativa, informa como está a aprendizagem do aluno, 2- é informativa para os dois sujeitos: o professor e o aluno, ela serve como orientadora do professor e direcionadora, também, do aluno, 3- é o suporte para as aprendizagens dos alunos e reguladora do trabalho do professor.
O uso do portfólio eletrônico como forma de avaliação é um avanço na educação, pois permite que os alunos tenham mais contato com o mundo digital, que apesar de parecer fazer parte do nosso cotidiano e ter um espaço importante na nossa sociedade, ainda é desconhecido para muitas pessoas. Por exemplo, eu sempre já tenho acesso ao gigantesco mundo da informática e internet há um bom tempo, mas não sabia fazer um blog, apenas entrava no facebook e no google, de vez em quando para realização de trabalhos da faculdade. Poder ser avaliada através de um blog foi o máximo para mim, escrever, expor minhas ideias não apenas para os professores, mas também para amigos, pessoas desconhecidas, é uma experiência fascinante, pois me dá mais vontade de expor meus pensamentos, pois sei que está de alguma forma servindo não apenas para ganhar nota e passar no período, mas também contribuindo para o aprendizado de outras pessoas interessadas na educação.
Desenvolver o senso crítico de uma pessoa é uma tarefa complicada, devido ao nosso passado, pois, antigamente e até mesmo nos dias atuais, a educação de uma forma geral é muito mecânica e descontextualizada, ainda se utilizam muito a teoria condutivista nas escolas, o que deixa os alunos, à grosso modo falando, um pouco alienados.
Li o depoimento de uma aluna e faço dela as minhas palavras: “nem sempre o que estudamos na teoria encontra-se em perfeita harmonia com a prática. Mas nós como futuros educadores, temos que atentar para esses fatos, e no momento em que formos colocar em prática o que aprendemos em sala de aula, não continuemos apenas a reproduzir aquilo que já é feito por puro comodismo.”  O que acharam? Profundo, né? Então gente, devemos ser críticos e não apenas reproduzir os trabalhos baseados em teorias feitas há séculos atrás, devemos inovar, ousar, cortar os excessos e principalmente lembrar que estamos trabalhando com pessoas diferentes, vidas e experiências diferentes, onde cada um tem um modo diferente de aprender.
A avaliação formativa nos ajuda a mudar um pouco a forma de trabalhar, superando àquela avaliação classificatória, excludente e punitiva na educação básica. Promovendo o pensamento crítico-reflexivo e a autonomia do aluno. É uma avaliação que deixa de focar nas notas e foca nas aprendizagens e nos avanços dos alunos.
Para quem quiser aprofundar a leitura em educação formativa, sugiro que leiam: O portfólio eletrônico na formação de professores: caleidoscópio de múltiplas vivências, práticas e possibilidades da avaliação formativa. (Ivanildo Amaro de Araújo).

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Quando eu era criança...

Se tem uma época que eu gostaria de viver novamente a infância seria uma delas,(nossa, pareceu até que eu sou idosa agora, mas calmem, tenho apenas 21 anos) depois da adolescência, a infância foi a melhor fase da minha vida, eu sei que vivi basicamente apenas essas duas fases, mas acontece que ambas foram maravilhosas, aliás a vida é maravilhosa.
Minha infância foi recheada de travessuras, brincadeiras, felicidade, sonhos, realizações, cantigas (sei inúmeras cantigas infantis até hoje.)
Eu sempre fui meio menino, sempre gostei de jogar bola na rua, ganhava todos os meninos jogando búlica, triângulo, lembro que tinha uma garrafa de coca-cola, cheia de bolinha de gude, soltar pipa? isso era comigo mesma, mas nunca conseguia colocar a bendita pipa no alto. Nunca gostei de brincar de boneca, nem casinha e nada que as minhas amigas gostavam de brincar, acreditem se quiserem, minha mãe me levou para o psicólogo por causa disso, a psicóloga espalhava um monte de brinquedo de menina no chão, mandava eu brincar e o pior de tudo, me fazia guardar todo o brinquedo, sim, era deprimente. (Eu não entendi até hoje o que ela queria com aquilo)
Na escola eu sempre me dei bem com todo mundo, mentira gente, eu sempre tive o meu grupinho e a gente se sentia as dona do colégio, lembro que no meu 3° ano eu quebrei o braço de uma garota, porque ela estava dando mole para um menino que eu gostava, o nome dela é Thalita, ela mora aqui perto de casa, eu esperei ela sair da sala e empurrei ela da escada, isso deu uma confusão que é até melhor deixar para lá. Tenho amizades da minha infância até hoje, inclusive uma das minhas melhores amigas, a Mayara, eu conheci quando eu ainda era da educação infantil. Sempre fui uma menina esforçada e inteligente, tirava as melhores notas, apesar da bagunça.
Minha família sempre esteve presente, me apoiando em tudo que era necessário para o meu desenvolvimento cognitivo e motor. Como moro em uma avenida onde mora praticamente uns 8 tios (as), avó, avô, primos, primas, minha educação foi muito influenciada por eles, principalmente pela minha avó, que é quase uma mãe para mim. Só tenho a agradecer por ter a melhor família do mundo (não é exagero).
Nossa poderia ficar aqui a noite toda falando da minha infância, mas é melhor parar por aqui.
Agora vocês entenderam porque eu amava essa época?